sábado, 11 de dezembro de 2010

Quem nasce pra ser medalha de honra ao mérito jamais será estatueta do oscar

Péssimas idéias brotam na minha cabeça num fluxo incrível. Meu analista fala que eu não devo ficar me prendendo à coisas do passado pra justificar as besteiras que eu faço no presente, mas eu não consigo deixar de achar que tudo isso começou quando eu era pequena e resolvi que não ficava bonita de franja e resolvi pegar a tesoura e cortar ela bem na raiz pra fazer ela sumir. Foi toda uma temporada passando gel pro cabelo parar de ficar em pé na frente e vendo as pessoas se assustarem ao descobrir o real tamanho da minha testa. Não aprendi nada com a experiência e assim que a franja voltou a um comprimento aceitável fui lá e cortei de novo, apenas pra minha mãe ter certeza de que havia errado na minha criação.
Pois é, depois disso foi uma sucessão de infortúnios acontecendo na minha vida. Azar? Planetas desalinhados? Número de cromossomos errado? Não, apenas péssimas decisões da minha parte.
O problema é que a maioria dessas idéias horríveis chegam na minha cabeça como se fossem algo digno de um prêmio Nobel. Me sinto Isaac Newton embaixo da árvore levando uma maçã na cabeça a cada pensamento repentino. Só que no meu caso eu só fico com o galo na cabeça, nada de descobrir a gravidade.
A mais recente foi: passar auto-bronzeador. Claro, é verão, todo mundo anda pelas ruas ostentando um bronzeado saudável e ornando pele descascada e eu não posso ir à praia por causa do meu pé quebrado (não que eu seja uma pessoa que frequenta praia, mas é que na atual conjuntura eu estou adotando o pensamento do "nem se eu quisesse") então a coisa lógica se fazer é: ficar bronzeada também, certo? Errado.
Quer dizer, estaria certo se: 1. o auto-bronzeador, de fato, deixasse a pele do ser humano bronzeada marrom em vez de bronzeada laranja e 2. eu soubesse aplicar hidratantes uniformemente.
Não sei se preciso descrever o reflexo do espelho com o qual estou sendo obrigada a conviver, mas se eu fosse obrigada diria que é algo como um simpson que deu errado. Ah, agora não só tenho que ouvir o quanto estou branca doente como também tenho que morrer de calor nesse rio de janeiro usando calças compridas para esconder minhas pernas saídas diretamente de springfield.
Sinto dizer, mas acho que estou cada vez mais longe do meu Nobel.

9 comentários:

  1. Seus textos são muito bons. :p
    Adorei esse.
    bjo
    :D

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  2. Posta uma foto pra ilustrar melhor o bronze dessa medalha de honra ao mérito...rs

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  3. Migs passo mal de rir com seus posts!!! Você é uma linda!!

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  4. "Pois é, depois disso foi uma sucessão de infortúnios acontecendo na minha vida. Azar? Planetas desalinhados? Número de cromossomos errado? Não, apenas péssimas decisões da minha parte." Pois é, sei como é. HAHA, adorei o texto.

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  5. Gostei muito do seu texto, é um jeito muito divertido de escrever sobre essa vida maluca que todo mundo leva. Tô seguindo o blog. beijos

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  6. olha, to sem condições de postar foto que já basta o que eu tenho que aguentar do espelho viu rs beijo lindos :*

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  7. já ouviu falar de bronzeamento a jato?
    vc entra branco-esverdeado e sai de dourada....e acho q dura uns 3 meses!

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