domingo, 14 de fevereiro de 2010

Barrinha de cereal

Eu queria começar esse blog falando de alguma coisa relevantes, fazendo alguma crítica construtiva pra jogar na internet e mudar algo por aí ou, no mínimo, escrever algum comentário espirituoso sobre os infortúnios do carnaval.
Cheguei até a escrever uma ou duas linhas sobre como o carnaval consegue me deixar tão entediada a ponto de me fazer criar um blog e coisa e tal, porém me senti obrigada a deletar essas palavras pouco sinceras. O assunto simplesmente não estava fluindo com a clareza necessária para ser digno de ser publicado e mostrado para outro ser humano.
Tentei procurar na minha tão adorada internet algo que pudesse servir como catalisador; até olhei no dicionário em busca do significado que aurélio querido dá à carnaval para ver se servia como um bom começo para essa primeira publicação, porém "os três dias de folia que precedem a quarta-feira de cinzas" não me pareceu algo muito inspirador ( sim, isso é tudo o que minha velha e gasta edição do pai dos burros me diz sobre o carnaval).
Decidi então parar de me enganar. Carnaval é um assunto tão monótono pra mim que eu sequer consigo tecer um comentário em 140 caracteres sobre as fantasias da ala das baianas, quem dirá dissertar algo com um mínimo de substrato dentro desse tópico.
Com essa decisão, resolvi escrever sobre a única coisa que eu consigo pensar nesse momento: barrinhas de cereal.
Talvez essa coisa louca de barrinhas de cereal saltitantes dominando meus pensamentos seja porque eu devo ter comido umas 7 delas nas últimas duas horas e tá batendo um peso na consciência absurdo (porque se somar as calorias delas todas, não quero nem pensar...), ou talvez seja só mais um desvio sem sentido da minha mente desocupada.
De qualquer forma, de uma forma bem menos darwiniana do que eu gostaria, fiquei aqui pensando na evolução das barrinhas de cereal. Sabe porquê?? Eu me lembro da época em que só existiam uns poucos sabores disponíveis nas lojas americanas. Elas eram aquela coisa sem graça que só mulher esquelética e obcecada por dieta comia, ou então era mostrada pelos nutricionistas como uma opção saudável e light de lanchinhos que se parecia (remotamente, devo acrescentar) com os doces super calóricos que os gordinhos tensos estavam acostumados a ingerir, daonde se conclui que ninguém nem pensava em comê-las. Afinal, nada que o nutricionista recomenda entra na lista de supermercado depois que você desiste da dieta.
Enfim, hoje eu comi uma barrinha de laranja com chocolate, outra de morango com chocolate, outra de damasco, outra de mousse de chocolate, outra de pavê de chocolate, outra de torta de maçã,outra de banana com uns pedacinhos de sei lá o que muito bons, outra de.. ahn, o que eu quero dizer é: quando foi que aconteceu essa revolução no mundo das barrinhas de cereal que fizeram elas entrarem nas nossas vidas e deixarem de ser a última opção de lanchinhos para se tornar uma iguaria com sabores supersofisticados que podem servir até como refeições para algumas pessoas? (quer dizer, essa parte é mais comigo mesmo... não recomendo que façam isso em casa!) Juro que eu fico curiosa para conhecer o gênio por trás dessas mini delicinhas que conquistaram meu coração. Ok, talvez gênio não seja a melhor palavra para descrever o criador das barrinhas de cereal, mas ele certamente é um cara muito inteligente. Eu confesso que nunca teria pensado em criar algo gostoso de comer, fácil de carregar e com poucas calorias numa tacada só, e se você falar que podia ter pensado nisso aposto que está mentindo. As coisas mais óbvias são as mais difíceis de enxergar. Pronto, gastei minha frase de efeito em barrinhas de cereal, preciso mais do quê?

Um comentário:

  1. Fenomenal ... adorei os posts e esse jeito irreverente de escrever hahahahah

    t+

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